sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

As cores, os aromas e os sabores do vinho

Quando se fala dos rasgos característicos de cada uva, os degustadores profissionais costuma chamar de tipicidade varietal ou definição varietal. Ao depararmos com um Malbec 100%, por exemplo, todos desejamos que tenha a cor, o aroma e o sabor do Malbec.
Agora, não é difícil reconhecer estes rasgos depois de um pouco de treinamento. Tenho um amigo, argentino, que sempre diz que os argentinos somos malbequianos, tal é o gosto que temos nós pela cepa originária da França, mas que oferece a máxima expressão na Argentina.
O problema aparece quando tentamos expressar em palavras as características dos vinhos. E sobre este assunto existem opiniões encontradas, porque a escola europeia prefere mencionar expressões genéricas, tais como "robusto" ou "delicado" , tentando dar-lhe um sentido universal mais ou menos compreensível, e a escola do Novo Mundo passa a definir os vinhos através do análise descritivo onde permite comparar os matizes do vinho com substâncias e aromas definidos como frutas, flores e vegetais.
Como enfrentar esse problema? Na verdade, as duas formas são correctas, não entanto, deverão ser utilizadas com muito cuidado. O uso de terminos puramente idiomáticos, muitas vezes adquirem significados abstractos, sem nenhum sentido.
Por outro lado, o análise descritivo só é útil quando se percebem matizes muito evidentes. Quando se analisa um universo aromático em comparação com outros vinhos, deve ser levado em consideração que pode expressar características únicas só para o efeito de comparar, mas, isto não quer dizer que todos os aromas apareçam sempre em cada vinho que fossemos degustar.
Fonte: Gustavo Chorem, El Malbec argentino

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