quinta-feira, 29 de maio de 2008

Curiosidas do vinho Argentino

Duzentos milímetros de chuva por ano! Para se ter uma ideia do que isso realmente significa, no semi-árido nordestino, a caatinga famosa pela seca crônica, chove anualmente oitocentos milímetros o que, a grosso modo, é mínimo de que precisa uma parreira para viver bem.
Em Bordeaux, a uva amadurece em 45 dias, nas encostas da cordilheira dos Andes pode levar até 70 dias. Além disso, existe um gradiente térmico entre o dia e a noite, ao redor de 15 graus Celsius, que ajuda a aumentar a concentração de polifenóis na casca. A planta à noite deixa de fazer fotossíntesis, mas seu metabolismo não pára e assim ela perde parte dos elementos que ganhou durante o dia. Com a noite mais fria esse processo de perda de nutrientes é minimizado. Além do clima, a região é também privilegiada no solo, arenoso e pedregoso, que proporciona pouca retenção das águas do degelo da cordilheira que formam o rio Mendoza, o que leva a uma planta com menos vigor vegetativo, ótimo para a fruta destinada a vinho. Com o solo e clima extremamente secos, há a necessidade de irrigação das parreiras. O ideal é fornecer toda a água no inverno para que a planta consuma ao longo da maturação das uvas.
Conjunção de fatores extremamente favorável à produção de vinhos concentrados e de grande complexidade.
Fonte: Vinho Magazine. Autor: Dagoberto Marques

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