terça-feira, 20 de maio de 2008

América do Sul

Muito da moderna cozinha européia tem raízes na América do Sul. Foi aí que a carne bovina do velho mundo encontrou originalmente o feijão do Novo Mundo e que sua cebola e seu alho conheceram os tomates e as batatas do continente americano. Em nenhum outro lugar a colisão cultural é tão vividamente ilustrada na comida e nos vinhos. Isso se deve em parte à notável variedade de ingredientes usados desde muito antes de os espanhóis introduzirem frango, gado bovino, porcos, ovelhas, azeitonas e coentro. Com todos os tipos de clima - do tropical ao frio, do brutalmente úmido ao insuportavelmente seco, o continente possui bananas, macãs, cocos, abóboras, morangos, diversos tipos de milhos, peixes de água doce e salgada, além de exóticos frutos do mar. O que não havia até a chegada dos europeus, era vinho. Examinar de que modo os vinhos sul-americanos combinam com a comida é pesar em como os imigrantes europeus tentaram manter as características de suas cozinhas natais. Os países produtores de vinhos são aqueles com maior concentração de populações europeias e onde é mais acentuada sua influencia culinária. A cozinha argentina esta baseada na carne bovina. Embora a excelente qualidade dessa carne torne-a perfeita para grelhar, ela também é ensopada- muitas vezes com abóbora, pêssegos e milho, para fazer a carbonada. A melhor uva Argentina para tintos, a Malbec, produz vinhos bem robustos, ótimos para carne.
Fonte: Vinho e Comida, da Joanna Simon, Cia. das Letras, 1996

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