terça-feira, 15 de abril de 2008

Pimenta do reino ( piper nigrum)

Origem: Ásia
Usos: Foi por causa dela que Cristóvão Colombo e outros navegadores se aventuraram em direção à Índia: era a especiaria mais cara e valorizada da época. Vai bem com quase tudo e pode ser usada tanto para temperar os alimentos antes do cozimento quanto para finalizar o preparo- nesse caso, torna-se especial quando moída na hora, à mesa, em charmosos trituradores. Há receitas criadas exclusivamente em torno da pimenta do reino. No steak au poivre francês, por exemplo, bifes altos de carne bovina são envolvidos pelos grãos grosseiramente moídos antes de ir para a frigideira.
Curiosidade: A pimenta do reino preta e a branca são frutos da mesma planta. A branca é o grão preto, não muito maduro, sem casca. Existem ainda a verde. ardida, e a vermelha, madura.
A palavra especiaria surgiu no final do século 12, derivada do vocábulo latino species, que era aplicado a uma enorme variedade de produtos. Já o uso das ervas remonta aos primeiros seres humanos. Os povos primitivos logo descobriram que embrulhar as carnes em folhas melhorava seu sabor, efeito proporcionado também por algumas sementes, nozes e bagas. A fascinação pelas ervas e especiarias estende-se a diferentes níveis. Sua história remonta às épocas mais antigas e é recheada de associações com a magia e a astrologia. Seu uso na cozinha pode converter uma simples degustação em um acontecimento memorável. A pimenta do reino era muito mais do que uma especiaria: tornou-se uma espécie de moeda franca, corrente em toda a Europa, algo similar ao euro, nos dias de hoje.
Fonte: O livro das ervas, especiarias e pimentas de Gabriela Erbetta e Michelle Sedding Jorge
Dicionário Gastronômico Ervas & Especiarias, de Nelusko Linguanotto Neto

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