sábado, 3 de novembro de 2007

Os sentidos do vinho ( Matt Kramer)

Estou lendo o livro do Kramer. Muito interessante. Eu vou colocar alguns fragmentos escolhidos.

..." Os anos de 1990 foram a década mais transformadora na história dos vinhos finos. Tudo que é essencial a um vinho fino – a ambição do vinicultor, consumidores apaixonados e bem informados e dinheiro em abundancia-convergiu para que assim fosse.
Hoje, encontrar vinhos originais demanda mais empenho do que nunca.
O Chianti, por exemplo, sempre foi acima de tudo uma expressão da uva Sangiovese, nativa da Toscana. Hoje isso mudou. A maior ambição de muitos produtores de Chianti já não é exaltar a Sangiovese ou a Denominação Chianti Clássico, mas produzir o que passou a ser chamado de Supertoscano: uma mistura de Sangiovese, com quantidades substanciais de Cabernet Sauvignon, Merlot ou Syrah, amadurecida em pequenas barricas de carvalho francês. Tanto os críticos de vinho italiano quanto os estrangeiros louvaram os Supertoscanos. Eles tinham a flexibilidade necessária e as notas de baunilha e tostado conferidas pelas mesmas barricas de carvalho usadas para Bordeaux e Cabernet californiano. A cor intensa era “correta”. E acima de tudo, os “novos” vinhos não exigiam maior compreensão. Tratava-se de um idioma que os bebedores de vinho já falavam.
O efeito, com tudo teve seu preço: a Sangiovese deixou de ser celebrada. Ninguém nega a sua grandeza. Mas é muito mais fácil seduzir o público mundial com sabores já conhecidos, como o cabernet e o carvalho novo francês com notas de baunilha.
O maior desafio hoje é reconhecer a “originalidade”. Encontrá-la, na verdade não é tão complicado..."
(continúa)

2 comentários:

Wine Broker disse...

Olá Ruben,
Vou aproveitar para fazer um pedido então:
1 Ampakama Syrah
1 Ampakama Cabernet Franc
2 Torrontes Colheita 2007
1 Malbec Lurton Reserva
Se vc tiver ainda uma garrafa daquele Montepulciano, eu queria um tbém.
Vc poderia passar o total, já faço o depósito agora.
Valdemir

Wine Broker disse...

Mándame la dirección del blog. Me encantará verlo y aprender, porque evidentemente tu tienes mucho que enseñar de esos temas (tan de moda, por cierto). Lo del Malbec, la verdad, yo creo que ahora lo están explotando para tratar de encontrar identificaciones. Es como lo de los mates y el tango, que ahora Argentina entera se vende por esas dos cosas. Yo estuve en Patagonia en 2006 y me resultaba casi ridículo ver que en lugares como Calafate se usara la imagen del tango. En fin… solo es opinión. Pero, eso no niega que me resulta muy agradable el Malbec. No estoy contra el Malbec, sino en contra de “usarlo”. En Chile ahora están recuperando mucho una cepa que estaba medio perdida (en Francia la habían perdido totalmente con las pestes) y que también da un vino muy bueno, que es el Carmenere. Pero aun así, ellos no lo venden como “identidad”.

Alicia