sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Os males da indústria vinícola francesa

Os males da indústria vinícola francesa, por William Echikson, no Bussiness Week

Regulamentação
Enquanto os vinicultores do Novo Mundo estão livres para plantar como quiserem, a França estabelece limites severos sobre os tipos de uvas que podem ser cultivadas em determinada região e como são plantadas e colhidas.

Volume vs qualidade
na maioria, os vinicultores franceses são remunerados pela quantidade de uvas que entregam a uma cooperativa local o que desincentiva a poda cuidadosa e as produções limitadas, necessárias à produção de vinhos de alta qualidade.

Excesso de marcas
A fragmentada indústria vinícola francesa está perdendo terreno para rivais no exterior que criaram fortes marcas globais, como Rosemount e Beringer.

Rótulos enigmáticos
As vinícola do Novo Mundo facilitam para os consumidores a compreensão daquilo que estão comprando, oferecendo vinhos varietais de um só tipo de uva, como Chardonnay, Malbec. Os vinhos franceses, na maioria, são rotulados de acordo com a origem geográfica. Somente especialistas podem distinguir entre dezenas de povoados da Borgonha.

Bom, aguardo seus comentários...

2 comentários:

Melechco disse...

Desculpe-me mas discordo totalmente. Nenhum outro país tem um sistema tão organizado como o da França. As inúmeras apelações regionais com centenas de tipos de vinhos (muito complexa realmente) deve ser preservada. Algumas guardam centenas de anos de aprimoramento e em vários sentidos são únicas.
Sou totalmente contra a uniformização por varietais. Um Cote d'Auxerre diz muito mais que Pinot Noir. Sem querer ser (muito) chato ... o terroir faz muita diferença.
O sistema não é tão estático. Por exemplo, uma revolução está em curso no Languedoc. Talvez principalmente lá pois há espaço para melhoras. Em outras regiões consagradas, não se mexe!

Anônimo disse...

Oi Valdemir
Lembre-se que os comentários foram escritos pelo Jornalista norte-americano e foi feito na época que eles tiveram a imprudência de querer instalar-se na França, comprando terras e não deu em nada, ante a reação até do Prefeito local.
Concordo com você, cada um que preserve o proprio. A respeito do Terroir, eu postei um interessante artigo de um pesquisador brasileiro.
Um abraço